A FENÍCIA
Localiza-se onde hoje é o Líbano, a Fenícia não possuía grandes rios que pudessem favorecer a agricultura e a criação de animais, como o Egito a Mesopotâmia e até a Palestina. Isso fez com que desde cedo os fenícios desenvolvessem a navegação para a pesca, principal atividade econômica no início de sua história. A necessidade de matérias-primas para a sua produção artesanal de armas, jóias, vasilhas, vidros transparentes e tecidos – principalmente o de púrpura, conseguido com o tingimento obtido se um molusco -, levou os fenícios a aperfeiçoarem a construção naval. Como conseqüência, transformaram-se nos maiores e melhores navegantes e comerciantes marítimos da Antiguidade Oriental, substituindo o importante comércio marítimo praticado pelos moradores da ilha de Creta.
AS GRANDES REALIZAÇÕES
A construção de barcos foi facilitada pela existência de uma madeira re- sistente, o cedro e se betume, que aflorava à superfície do solo e servia para fazer a vedação dos barcos. Com o desenvolvimento da navegação e do co- mércio, os fenícios, para a segurança de suas atividades, passaram a construir barcos cada vez mais velozes e resistentes. Assim, estenderam várias rotas comerciais por todo o mar Mediterrâneo, estabelecendo colônias e feitorias por toda a parte, como Cartago, no norte da África, e Cádiz, no sul da Espanha, entre outras.
A maior contribuição dos fenícios para a humanidade foi a criação de um alfabeto fonético, composto pó 22 letras, que facilitava o processo de escrita. O alfabeto fenício surgiu em função da necessidade de facilitar as transações co- merciais.
POLÍTICA E RELIGIÃO
As cidades, quando surgiram, eram independentes e continuaram inde- pendentes, isto é, cidades-Estado. As mais importantes foram Biblos, Sídon, Tiro e Ugarit. Os regimes políticos variavam, porém, o mais constante era o poder de uma oligarquia mercantil constituída de ricos comerciantes e constru- tores de barcos. Damos a esse tipo de governo o nome de talassocracia (em grego, “governo dos que controlam o mar”).
Além dos comerciantes, os sacerdotes também usufruíam grande poder político. Os templos concentravam grande parte das propriedades agrárias e recebiam contribuições da população, numa demonstração de seu poder. Os fenícios eram politeístas, o que justificava a presença e a força dos sacerdotes.
A partir do século VII a.C., a Fenícia foi invadida sucessivamente pelos assírios, babilônios e persas. Em IV a.C., Alexandre Magno conquistou e dominou todas as cidades-Estado fenícias, provocando o fim dessa civilização.
POR: Heise Alana Neiva Oliveira
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