Após o descobrimento estabeleceu-se a estratégia de ocupação de terras, abundantes e com pouca mão-de-obra local. As plantações voltaram-se para a exportação e a mão-de-obra advinha da escravidão dos negros trazidos da África. Apesar da abundância, o acesso à terra sempre foi dificultado pela presença perene do "proprietário" e, conforme Celso Furtado, foram exploradas pela chamada "empresa agrícola-comercial", consequência da expansão comercial européia. A pecuária apareceu pela demanda de carne e animais de tração e carga tanto da empresa agro-mercantil quando da posterior exploração mineira e ao contrário das plantações, os produtos destinavam-se à subsistência e ao consumo interno.
As primeiras concessões de terras brasileiras foram feitas a homens de recursos, ou seja, economicamente poderosos, capazes de assumirem custos com grandes instalações e aquisição de escravos. A nova população de homens livres que chegava não tinha acesso as terras, que já possuiam donos. Tornavam-se assim dependentes dos grandes proprietários, trabalhando como artesãos, soldados ou aventureiros, o que permitia que o controle da terra fosse mantido. O pequeno plantador se transforma em morador e os sitiantes se tornavam empreiteiros para derrubadas ou agregados para tarefas auxiliares das empresas.
Aluna: Alaine Santos Paiva
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