sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Reforma agrária na Roma Antiga

Na medida em que conquistava novos territórios, Roma empreendia não apenas a sua supremacia militar frente a outros povos da Antiguidade. A cada região tomada, as terras eram empregadas no alargamento das fronteiras econômicas romanas. Desse modo, as atividades agrícolas, o comércio e o emprego de mão de obra escrava determinavam interessantes transformações. Além do enriquecimento, a conquista de terras provocou o alargamento das diferenças sociais. Com o passar do tempo, essas cidades, principalmente Roma, acabaram se transformando em palco de terríveis tensões sociais. 
Ficando com boa parte das terras conquistadas, os patrícios conseguiam produzir mais gêneros alimentícios e oferecer os mesmos a preços cada vez mais reduzidos. Essa situação acabou prejudicando os pequenos e médios proprietários plebeus que viviam na Península Itálica.
Na tentativa de atender os interesses populares, os Graco pretenderam fazer reformas com o objetivo de diminuir o êxodo rural e oferecer trabalho e melhores condições à aquela numerosa população que estava vivendo na cidade. Por trás dessas reformas o objetivo maior era diminuir as tensões entre patrícios e plebeus.
Eleito tribuno da plebe em 133 a.C., Tibério propõe a Lei Agrária, que estabelece a divisão das terras públicas, por acreditar que o empobrecimento dos camponeses gera tensão social e política e põe em risco a república. O Senado recusa sua proposta, vetada por outro tribuno, Otávio.
O irmão Caio Semprônio Elege-se tribuno em 123 a.C. e 122 a.C. e persiste no projeto de reforma agrária até conseguir distribuir terras públicas aos menos favorecidos.
Encerrados esses conflitos, percebemos que a reforma agrária romana e a tomada de outras ações de natureza democrática foram violentamente combatidas pela nobreza romana. Ao mesmo tempo, notamos que a classe plebeia não se mostrava coesa nesses  mesmos projetos de transformação, tendo em vista que muitos eram confortados pelas ações assistenciais do próprio governo de Roma.



                                     
Por: Euder Kacio Silva Sousa

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